OS RISCOS QUE PODEM ACOMPANHAR A INOVAÇÃO


”O processo de inovação distingue-se de outros projetos porque implica um maior nível de incerteza, o que exige atenção redobrada por parte dos administradores.”

O que distingue os projetos de inovação dos demais é o nível de incerteza que ele passa para os administradores. Na essência, inovar significa comercializar bem uma idéia, e quanto mais inovadora for esta idéia maior será o nível de incerteza e, consequentemente, maior o risco.

Existem dois tipos de riscos que devem ser analisados para cada projeto inovador – o risco técnico e o risco global. O risco técnico, que se aplica a todo tipo de projeto, refere-se à possibilidade do trabalho ser concluído no prazo e dentro do orçamento previsto. Por sua vez, o risco global é a incerteza relativa aos objetivos de um projeto, em outras palavras, se ele é adequado para o mercado. Este é um tipo de risco relevante para a inovação, mas não para outros tipos de projetos.

Como as questões técnicas podem levar um produto ao fracasso se não forem bem solucionadas, os administradores devem dar uma atenção redobrada para elas, adotando uma técnica chamada de Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos (AMFE). Esta técnica leva em consideração a probabilidade e a gravidade de falhas técnicas em um projeto. Após a identificação destas falhas, é atribuído a cada uma delas uma nota de 1 a 10, relativa à probabilidade de o problema ocorrer, e outra nota referente à gravidade, também de 1 a 10. A multiplicação entre as duas notas dá o valor da prioridade do risco.

Em uma empresa, existe um conjunto significativamente grande de projetos que concorrem pelos mesmos escassos recursos e que devem garantir um equilíbrio entre risco e retorno. Compete aos administradores escolher quais deles são mais eficientes para cada momento da organização. Após pré-selecionados os projetos, eles são analisados de forma individual e separados em termos de lucratividade esperada e da concorrência existente. O resultado da análise da carteira de projetos pode ser resumido em um diagrama de risco-retorno, onde cada projeto é representado por um círculo, cujo tamanho varia de acordo com o investimento necessário para realizá-lo.

Não há regras para o nível aceitável de risco, cada empresa deve decidir esse patamar de acordo com suas próprias circunstâncias e intenções.

O gerenciamento de riscos em projetos de inovação requer mudanças na abordagem de muitas empresas. Os executivos precisam desenvolver a flexibilidade de suas organizações para reagir a variações nas circunstancias, e não se concentrar em um único resultado que se baseia em uma visão estreita e exageradamente otimista do projeto. Lidar com risco não é uma ciência exata. Não existem fórmulas e receitas para o nível aceitável de risco. Porém, com a ajuda de algumas ferramentas e técnicas, os administradores podem enfrentar os riscos de modo mais eficiente, eliminando problemas e tirando proveito das oportunidades.

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