A NOVA GESTÃO DE PESSOAS - Os maiores desafios


Cada vez mais o RH estã tendo um papel de reconhecimento e importância dentro de uma organização. O setor de RH, quando bem administrado é uma peça fundamental para o sucesso de uma empresa e, por sorte, muitos executivos já perceberam isto.

Mas exercer um papel tão importante dentro de uma organização não é uma tarefa tão fácil quanto possa parecer, e exige dedicação, esforço e iniciativa por parte de seus gestores. Eles devem criar valor e obter resultados satisfatórios para a empresa, e para isto, devem iniciar suas atividades com o foco nas definições das metas que a empresa deseja alcançar, e não com o foco nas atividades ou no trabalho. É a estratégia da organização que determina quais atividades são necessárias e devem ser executadas, e não o contrário.

Para tal, os gestores de RH devem ter conhecimento de quatro importantes papéis que o setor precisa assumir dentro de uma organização: (1) administração estratégica de recursos humanos; (2) administração da infra-estrutura da empresa; (3) administração da contribuição dos funcionários e (4) administração da transformação e da mudança.

Na administração estratégica de pessoas, o papel do setor de RH se concentra no ajuste de suas estratégias e práticas à estratégia empresarial como um todo. O setor de recursos humanos deve alinhar e manter uma coerência entre as estratégias da organização e às suas como setor. Em outras palavras, o RH deve assumir um papel de parceiro estratégico, sendo capaz de identificar as práticas que fazem com que a estratégia aconteça, diagnosticando os pontos fracos e fortes da organização (suas forças e fraquezas).

Quanto à administração da infra-estrutura da empresa, os profissionais de RH concebem e desenvolvem processos eficientes para a contratação, treinamento, avaliação, premiação, promoção e o gerenciamento do fluxo de funcionários dentro da organização. Deve-se pensar no layout organizacional e em como a empresa pode otimizar seus processos alcançando a eficiência administrativa. Em um pensamento simples, a empresa deve fazer mais com menos, e o RH precisa atuar como um staff para que a organização e seus gestores alcançem este objetivo.

O que todos os executivos devem realizar e adotar como LEI para que tal fato realmente ocorra, é eliminar todos os processos e gastos desnecessários, aumentando a eficiência e descobrindo novas formas de fazer melhor as coisas.

Outro importante papel do RH é o da administração da contribuição dos funcionários. Nele os profissionais de RH se envolvem nos problemas, preocupações e necessidades cotidianas de seus colaboradores. Os gestores devem atuar como defensores dos funcionários. Como diz Peter Drucker em um seu livro "Desafios Gerenciais para o Século XXI", os gestores precisam agir como se seus funcionários fossem voluntários dentro da organização, pois como tal, a empresa deve mostrar preocupação com eles e a importância que exercem dentro da empresa. Um voluntário não recebe remuneração alguma pelo trabalho que executa, e mesmo assim não o deixa de fazer pelo simples prazer de fazer o que faz e onde faz. E é isto que os executivos precisam fazer caso queiram reter o maior investimento que possuem dentro de suas instalações empresariais - o CAPITAL HUMANO. O resultado desta atitude tomada pelas empresas é o maior envolvimento e competência que os funcionários demonstram, pois se sentem parte da organização.

Por fim, o RH possui como outro papel o da administração da transformação e da mudança. Ele auxilia a organização a melhorar a concepção e a implementação de iniciativase de reduzir o tempo de ciclo em todas as atividades organizacionais. Em outras palavras, o RH auxilia a empresa e os seus gestores a sairem da sua zona de conforto e a tomar e adotar novas iniciativas e estratégias de acordo com as necessidades e influências que o macroambiente exerce sobre a empresa.

Com isto, as organizações possuem capacidade de mudar, não demonstrando medo a novos desafios e estacionando dentro de um ambiente dinâmico e competitivo, o que poderia levá-las a extinção. Os gestores de RH atuam como parceiros empresariais por ajudarem os funcionários a se livrarem da antiga cultura organizacional e se adaptarem a uma nova.

Mas os desafios enfrentados pelos profissionais de RH não termina por aqui. Existe um outro lado que deve ser muito bem administrado, caso o contrário todas as boas intenções destes profissionais nunca chegarão a se transformar em ações.

Os gestores e profissionais de RH possuem dois lados que precisam balançear de forma coerente e adequada: (1) como parceiros estratégicos e defensores dos funcionários e (2) como agentes de mudança e especialistas administrativos.

Atuando como parceiros estratégicos, os profissionais de RH se associam a administração de alto escalão e passam a serem vistos como parte da diretoria. Em consequência disto, os funcionários passam a se sentir traídos e avaliam que a função do RH não atende suas necessidades e interesses, pois estes profissionais de RH passarão a trabalhar em prol dos interesses dos diretores, esquecendo o que o operacional precisa e valoriza.

Para que tal problema organizacional e hierárquico não ocorra, é importante que o RH consiga representar os funcionários junto a diretoria e ao mesmo tempo implementar programas estratégicos da direção, sempre transmitindo segurança e aliança a seus funcionários.

Para que o sucesso em ser parceiro tanto dos funcionários quanto da diretoria ocorra, é preciso que ambos os lados confiem no profissional de RH para alcançar um equilíbrio entre as necessidades de todas as partes que influenciam a organização.

Quanto ao papel de agentes da mudança e especialistas administrativos, a dificuldade está em buscar um equilíbrio entre a estabilidade e a mudança. Os administradores precisam saber até onde é viável avançar ou permanecer na estabilidade. Uma empresa que muda constantemente pode perder sua identidade e perseguir sucessos que nunca se materializam. Porém, as organizações que não mudam fracassam e são extintas.

Tudo isto é um trabalho difícil de ser executado, aliás na teoria tudo é mil maravilhas. Mas quem disse que vida de empresário e executivo é facil?

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